Carmen da Silva, uma rio-grandina precursora do feminismo brasileiro.

O melhor de Carmen da Silva

Capa de O melhor de Carmen da Silva
Capa de O melhor de Carmen da Silva

CIVITA, L. T. (Org.) O melhor de Carmen da Silva. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1994.

Seleção de texto: Julia Tavares

A coletânea O melhor de Carmen da Silva reúne artigos da autora publicados ao longo de 22 anos na revista Claudia, seção A arte de ser mulher. Estruturam a obra dez capítulos, cada qual composto por diferentes temas – maternidade, aborto, machismo, feminismo, sexo, identidade da mulher –, todos eles sublinhando a necessidade da mulher tornar-se dona de seu destino. Entre os depoimentos de abertura do livro, o de Ignácio de Loyola Brandão que declara: “Carmen da Silva. Lembro-me dela sorridente, irreverente, debochada. Ela antecipou em décadas as discussões sobre sexo, feminismo, juventude, drogas, tabu. Uma predestinada. Ousada e engraçada. Por alguns anos tivemos um convívio não digo próximo, mas perto um do outro, ligados que estávamos na paixão pela ficção. Era sobre isto que falávamos. Personagens ainda no papel, situações a serem desenvolvidas, estruturas de romance”. Para Rose Marie Muraro Carmen da Silva foi a primeira mulher que encontrou nos anos 60 colocando o problema da opressão feminina. Com isto ela mudou a estrutura do seu pensamento e a tornou pelo resto da vida uma defensora do ideal de liberatação.