Carmen da Silva, uma rio-grandina precursora do feminismo brasileiro.

Abracadabra! In: Mulherio, março-abril 1981, ano I, número 0

Na apresentação do jornal, que se divide em três subtítulos: Por que Mulherio?, Os objetivos do jornal e Nossa pauta, é exposta a ideia de sua criação. Dirigido a três públicos: os órgãos de comunicação, os  grupos de mulheres e as entidades culturais e acadêmicas, Mulherio integra o conjunto de projetos sobre a condição feminina que a Fundação Carlos Chagas realizou com o apoio da Fundação Ford. O jornal, explicava de saída seu título, afirmando: “Por que Mulherio? Mulherio. Quase sempre a palavra é empregada em sentido pejorativo, associado a histerismo, gritaria, chatice, fofocagem, ou então, ‘gostosura’… (…) Mas qual é a palavra relacionada à mulher que não tem essa conotação? (...) Mulherio, por sua vez, nada mais é do que ‘as mulheres’. É o que somos, é o que este jornal será. Sim, nós vamos nos assumir como Mulherio e, em conjunto, pretendemos recuperar a dignidade, a beleza e a força que significam as mulheres reunidas para expor e debater seus problemas. De uma maneira séria e conseqüente, mas não mal-humorada, sisuda ou dogmática”.

No referenciado texto a seguir, intitulado Abracadabra! Carmen da Silva ocupa a última página deste número inaugural, incitando as mulheres a assumirem seus destinos.

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